O 5G chegou para impulsionar projetos que estavam parados, ou que foram até um certo ponto colocados à disposição, afirmou Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), em painel sobre os desafios do 5G no Brasil realizado pelo Fórum Estadão Think, em São Paulo. Segundo ele, a IoT já está sendo impulsionada pela nova tecnologia de conectividade.
Segundo o diretor executivo de Marketing e Negócios da Embratel, Marcelo da Silva Miguel, isso acontece porque o 5G amplia as possibilidades de utilização de automatização. Ele conta que existem empresas da indústria 4.0 que já estão muito evoluídas nesse processo, mas têm como necessidade tecnologias emergentes, como, por exemplo, machine learning e inteligência artificial, que ainda não foram completamente exploradas, pois a conectividade anterior não permitia isso. Porém, agora passam a ser habilitadas com a chegada do 5G.
Por outro lado, o 5G traz uma série de coisas que são inerentes à revolução dessa modernização. Spaccaquerche afirma que um dos primeiros desafios é entender os diversos “Brasis” existentes para, assim, realizar a expansão dessa inovação da melhor forma para cada região.
Para Ricardo Janes, professor da FEI, ainda existe muita dúvida no setor empresarial e um dos principais desafios é a falta de compreensão de que o 5G não é só uma conexão telefônica. “O empresário ainda tem que descobrir onde pode implementar em sua indústria e como se tornar uma ferramenta para melhorar a competitividade. O desafio é mostrar isso desde a micro indústria até as multinacionais”, aponta.
Por fim, o presidente da Abinc reitera alguns desafios atuais neste setor e complementa dizendo que é essencial entender exatamente as necessidades para poder aplicar a tecnologia. “Os nossos desafios são: formação de mão de obra e toda a parte de novas tecnologias que estão surgindo. Mas, nada disso é importante não houver o entendimento sobre o que realmente está em discussão.”