A necessidade frenética por inovar constantemente para ganhar sustentabilidade e eficiência operacional, tem colocado a internet das coisas (IoT) no topo das estratégias das indústrias. Assim, uma infinidade de dispositivos conectados já faz parte do dia a dia de pessoas e de empresas de variados setores da economia, e a segurança segue como uma etapa importante que deve ser considerada em todo momento.
É preciso estar atento, porque o crescimento da tecnologia no mercado é expressivo. Estudo divulgado pela Cisco prevê que a IoT vai movimentar perto de US$ 19 trilhões até 2023, tendo a América Latina respondendo por US$ 860 bilhões e o Brasil participando com fatia de US$ 352 bilhões.
Diante desse cenário, o setor industrial tem passado por modernização de processos, adoção de cultura organizacional, mudando modelos de trabalho e o rumo da transformação digital. Tudo isso apoiado fundamentalmente em uma esteira que inclui: digitalização, distribuição e integração de dados.
A digitalização, aliás, é o primeiro passo da trajetória de plantas industriais que miram a indústria 4.0, e em variados outros setores. É uma ação essencial para obter sucesso na adoção dos conceitos e pilares do operacional avançado, que envolve automação de processos, IoT, IA, entre outros recursos, que, somados, estão levando a indústria a outro patamar.
Nessa jornada de transformação digital, a IDC Brasil prevê que em 2022 o mercado brasileiro terá de conciliar as necessidades de transformação digital e inovação atento à redução de custos. Por isso, estarão em alta aplicações de IoT com esse objetivo e ainda o de aumentar a eficiência da operação.
Segurança em alerta
Mas há um alerta importante nessa jornada. Ao mesmo tempo que impulsiona inúmeras oportunidades de melhorar a qualidade, a eficiência e a experiência do usuário em produtos e serviços, pode abrir portas para possíveis ataques cibernéticos com consequências desde prejuízos financeiros a riscos inusitados e, é por isso que, a camada de segurança deve ser um passo importante a ser considerado em todo momento
Por isso, o foco no desenvolvimento da IoT na indústria vai trazer um efeito de transformação massiva, apoiada no digital. Massiva no sentido de estar diretamente conectada ao negócio, possibilitando acesso facilitado e rápido ao ecossistema de business.
Mas existem desafios a serem vencidos, como tornar a segurança presente desde a fase de desenvolvimento do projeto e derrubar o medo de implementar ferramentas que ameacem a produção. Ainda que a perspectiva apresentada seja para acelerar processos, ganhar produtividade e reduzir custos, a disponibilidade é altamente crítica.
Trata-se de uma jornada que exige bastante experiência e dedicação. Por esse motivo, terceirizar serviços de segurança em IoT vem ganhando cada vez mais espaço nas estratégias de empresas que querem adotar a tecnologia, sem perder o controle do negócio.
Portanto, é preciso contar com um integrador que visualize todo o processo de segurança do cliente, desde a fase de avaliação do ambiente, orientando não só sobre procedimentos e tecnologias, como políticas de segurança adequadas.
E tudo vai depender do nível de maturidade do cliente no entendimento do negócio, que é até mais relevante do que o conhecimento na tecnologia. O parceiro precisa ser capaz de avaliar todo o ambiente e onde se encontram os pontos críticos que precisam ser protegidos, somando políticas de segurança e orientações sobre padrões de segurança em linha com o negócio. E ainda saber lidar com o legado e a pouca quantidade de profissionais qualificados na tecnologia.
5G: oportunidades e desafios
O mercado aguarda a chegada do 5G que promete acelerar o desenvolvimento de aplicações de IoT, mas também trazer novos riscos, exigindo melhorias em cibersegurança para dispositivos e outras conexões nesse universo. A estimativa é de que o potencial do 5G vá impactar o crescimento econômico no país. Mas é preciso estar protegido.
Fato é que a transição para o 5G está gerando muita expectativa, porque permitirá habilitar aplicações dependentes de tempos de respostas rápidas, ou baixa latência, que irão impulsionar telemedicina, carros autônomos e outras inovações. Hoje, a fase é de discussão de como a tecnologia irá movimentar as empresas e como elas vão adotá-la com segurança. Mas este é o tema do próximo artigo.
Muitas pessoas ainda acreditam que o principal conceito de IoT (Internet das Coisas) é ter dispositivos de todos os tipos conectados. Na verdade, ele vai muito além disso e tem como principal diferencial a transformação de dados em informações.
Mais do que conectar dispositivos, uma solução de IoT gerencia atividades e permite a transferência segura de informações para uma análise eficiente dos dados obtidos, visando transformar estes dados em ferramentas para traçar estratégias de negócio mais assertivas. Em um contexto global cada dia mais conectado, estas soluções permitem que cidades, meios de transporte, imóveis e setores como o industrial, Utilities e varejo, entre outros, tornem-se mais conectados, inteligentes e mais eficientes.
Explicando assim pode parecer uma realidade ainda distante, mas não é demais lembrar que, segundo o estudo IoT Snapshot da Logicalis, 57% das empresas brasileiras já possuem pelo menos uma iniciativa de IoT. E mais: 42% das empresas no Brasil planejam investir em projetos de IoT nos próximos 18 meses, e quando comparamos o volume de investimento em 2021 com os montantes de 2020, 46% dos entrevistados brasileiros relatam crescimento.
Se já é factível no mercado em geral, no setor de Utilities o uso de IoT tem se mostrado uma realidade há algum tempo e isso com os mais diversos tipos de uso. Na área de segurança, por exemplo, com soluções de monitoramento, em tempo real, do trabalhador a fim de aumentar sua segurança por meio de identificação de atos inseguros, como: entrada em áreas de risco, corrida em local operacional, trabalho em altura, incidentes de quedas, desmaios e pedidos de socorro.
No setor de energia, por exemplo, também há o monitoramento do consumo de energia elétrica, que com a utilização de medidores inteligentes é possível monitorar o consumo dos usuários e coletar automaticamente dados precisos, que podem ser usados para conformidade regulatória.
Também é possível ver a presença de soluções de IoT no monitoramento de ativos e equipamentos de manutenção, melhorando a gestão do inventário. Ou ainda na utilização de sensores para monitorar vibração, temperatura e umidade, ajudando a prever eventuais falhas antes que ocorram.
Entretanto, o maior desafio das organizações na expansão da adoção de soluções de Internet das Coisas dentro de seu ambiente é a necessidade de integração não apenas dos dispositivos, mas também com o legado. Muitas estão percebendo que esta integração é fundamental para a transformação de dados em informações efetivas para o negócio e, para que esta integração seja feita da forma mais simples, estão apostando em plataformas de IoT fornecidas por parceiros especializados.
Estamos falando de uma plataforma que funcione como uma base horizontal, permitindo incorporar soluções de IoT ponta a ponta, com governança, segurança, disponibilidade e escalabilidade garantidas. Ao adotar estas plataformas, as empresas contam com uma série de diferenciais sobre aquelas que tentam desenvolver integrações individualizadas para cada solução.
Primeiro, aceleram a criação e soluções comerciais verticais e customizadas. Depois, aceleram também o desenvolvimento e a integração de aplicativos de IoT, permitindo a conexão e a centralização de dados de diferentes fontes: sensores, sistemas corporativos e operacionais. Por fim, passam a contar com a capacidade de automatizar os resultados de negócios por meio de mecanismos de análise.
São estas características que garantem cases de sucesso como o de seu uso para gestão energética, trazendo benefícios como aumento da visibilidade e identificação do uso ineficiente de energia e possíveis problemas; melhora das operações e redução do uso de energia, custo e do impacto no meio ambiente; e visualização de dados reais de uso possibilitando a negociação de melhores preços em seus contratos de compra de energia.
Há pouco tempo, os telefones celulares eram úteis para fazer apenas ligações. Com o tempo, a modernização trouxe novos recursos aos aparelhos, como por exemplo, câmeras e sensores, habilitando inúmeras oportunidades de aplicações, em que os usuários podem realizar transações bancárias, se deslocar de forma otimizada pela cidade e até mesmo empreender, escolhendo o que querem ter em suas interfaces. Tais aplicações trazem facilidades e agilidade para o dia a dia dos usuários, onde atividades que levavam horas ou até mesmo dias, agora podem ser realizadas em questão de minutos ou segundos. Muitas das decisões que os usuários tomam durante o dia são orientadas por meio de dados e informações, como por exemplo, o tempo do trajeto, quantidade de curtidas de uma foto, avaliação do estabelecimento, saldo da conta corrente, entre outros.
Quando mergulhamos no ambiente industrial, a demanda se torna muito mais sofisticada, com a necessidade de obter facilidade e agilidade orientadas para o dia a dia. Para isso, a coleta, processamento e análise de dados combinada com a interconectividade das coisas são fundamentais para alcançar tal objetivo, sendo denominado processo de convergência digital. Assim como usuários de telefones celulares, cada indústria contém suas particularidades e a customização de aplicações se faz muito necessária.
Para conseguir migrar de uma situação em que as informações de operações dentro de uma fábrica se concentram na nuvem ou de maneira pouco conectada no ambiente industrial, a Siemens se uniu à Fundação CERTI para entregar um modelo de referência do IoT Industrial, voltado para o processo de convergência digital. Tal modelo é composto por hardwares, uma plataforma web de governança, uma conta global no repositório da companhia, aplicativos feitos sob medida e metodologia ágil de integração e entrega contínuas, que habilitam o fluxo de agregação de valor no ambiente industrial. “Eventualmente é preciso fazer o processamento de dados perto da máquina (longe da nuvem). É preciso coletar o dado, analisar e fazer agregação de valor com o mesmo. E isso pode ser uma solução de inteligência artificial, de visualização ou um aplicativo de terceiros”, diz Cláudio Franzoi, engenheiro e desenvolvedor de negócios da Siemens.
Siemens e CERTI já tem uma parceria de longa data para sistemas ciberfísicos e há quatro meses uma parceria para soluções de computação de borda se iniciou. De um lado, uma companhia dedicada à transformação do ambiente industrial; e do outro, uma empresa em busca de desenvolver e implementar tecnologias emergentes da Indústria 4.0, voltado para competitividade da indústria. O Edge Computing da Siemens viabiliza a captura e processamento de dados de máquinas, sensores e sistemas industriais, de forma descentralizada e segura. Os dados são democratizados entre os aplicativos da plataforma, promovendo não só aplicações para melhora da disponibilidade de máquinas, mas também aplicações voltadas para negócios, como otimização de estoque, logística, relacionamento com fornecedores e outras etapas do chão de fábrica.
Os smartphones habilitaram diversas aplicações e modelos de negócios que fazem parte do cotidiano das pessoas. A computação de borda no ambiente industrial oferece a democratização do dado, governança amigável e sistema aberto para implementação de softwares customizáveis. Isso é fundamental para habilitar diversas aplicações e modelos de negócio para as indústrias, minimizando a necessidade de se comprar um novo kit de hardware e software para cada aplicação em que se deseja desenvolver ou implementar no chão de fábrica. “Esta plataforma Industrial Edge Computing que a Siemens nos apresentou está quebrando paradigmas no contexto industrial, por contemplar tais premissas e trazer longevidade para o processo de convergência digital da indústria 4.0”, diz Jardel Wolkers, especialista em fábricas inteligentes da Fundação CERTI.
O processamento convencional de dados na borda geralmente é caro, demorado, não é muito escalável e pode ser inseguro. A Siemens tem o Industrial Edge e traz padrões característicos de TI, como gerenciamento central de hardwares e softwares distribuídos. Esta revolução que está acontecendo no chão de fábrica do LABFABER da CERTI está permitindo um incremento de eficiência de até 30%, por meio de um aplicativo que monitora o gargalo dinâmico do processo produtivo, reduzindo tempo de máquina parada e antecipando falhas, utilizando uma plataforma segura e com um CAPEX significativamente menor.
No cenário atual, muitas empresas já reconheceram que precisam se transformar, mas as arquiteturas e plataformas tradicionais muitas vezes dificultam processo, por exigir grandes investimentos de hardware e software, que muitas vezes são subutilizados. Por outro lado, muitos acabam desenvolvendo soluções proprietárias e encontram diversas dificuldades de governança do ambiente digital, principalmente no âmbito da segurança cibernética. Pela configuração da solução da Siemens, existe uma plataforma intermediária onde é possível administrar usuários e aplicativos. A CERTI está desenvolvendo aplicativos que serão usados para promover a transparência operacional do LABFABER, em indústrias que necessitam de aplicações para clientes. O case CERTI simboliza um dos novos modelos de negócio dentro da companhia, que é capaz de entregar produtos exclusivos para seus clientes e parceiros.
A CERTI opera em Florianópolis o LABFABER, um laboratório-fábrica de referência para a indústria no desenvolvimento, implementação, disseminação e capacitação da Indústria 4.0. O LABFABER conta com infraestrutura repleta de tecnologias de automação e informação (TA/TI), tais como robôs colaborativos, sistemas de movimentação autônoma, sensores e muito mais. Tais recursos são combinados para promover aplicações customizadas voltadas para IIoT, Digital Twin, Logística inteligente, Inteligência Artificial, Integração de sistemas, onde cada aplicação passa por processo de caracterização do problema a ser resolvido, estudos de viabilidade técnico-econômico, desenvolvimento, homologação, entrega, monitoramento e otimização, visando aumentar a competitividade dos setores produtivos no país.
Manifesto a favor da PL 2.243/2021 inclui empresas de tecnologia, telefonia e de outros setores produtivos, pois permite que contribuinte utilize, como defesa, a compensação administrativa não homologada antes do ajuizamento da execução
Em nota, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) declarou seu apoio à PL 2243/2021, que alterar a Lei de Execuções Fiscais. Segundo a entidade, ela também pode beneficiar empresas do setor de IoT e de outros segmentos de tecnologia do país.
“Atualmente, a empresa que tem créditos e sofre uma cobrança sobre outros tributos não pode realizar a compensação em âmbito judicial. Por isso, o grupo de associações incluiu empresas de tecnologia, telefonia e diversos outros setores produtivos”, explica Ricardo Azevedo, membro do Comitê Jurídico da ABINC.
O especialista explica que a alteração possibilitará que empresas que possuam créditos fiscais efetuem compensação com dívidas fiscais que são objeto da ação de cobrança pelo Fisco. Ao citar o grupo de associações (listadas abaixo), Ricardo Azevedo está se referindo ao manifesto que foi encabeçado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), que defende a aprovação do Projeto de Lei 2.243/2021, atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados.
Atualmente, o contribuinte não pode utilizar tal recurso em sede de embargos à execução fiscal, conforme cita o artigo 16, parágrafo 3º, da lei. Entretanto, apesar da previsão legal, há decisões judiciais conflitantes com relação ao tema, que oscilam entre permitir ou denegar a alegação da compensação supracitada.
O manifesto menciona que o problema se acarreta há anos e lembra que, recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu no sentido de não haver essa divergência, o que resultou em um cenário de insegurança jurídica. “Os contribuintes têm buscado o Poder Judiciário para pleitear a matéria, apresentando consequências prejudiciais, como o aumento de gastos públicos, a morosidade, a falta de uniformização das decisões e a dependência ao complexo regime de precatórios”, diz o documento divulgado pela Brasscom. Por esse motivo, Projeto de Lei 2243/2021 foi apresentado no ano passado, com a proposta de alterar o art. 16, §3º da Lei de Execuções Fiscais, visando excluir o termo “nem compensação” do rol de matérias vedadas para defesa dos contribuintes em sede de embargos à execução fiscal.
“Esse Projeto possui ampla relevância para a sociedade em geral, para as empresas brasileiras e para as entidades que subscrevem este manifesto, pois há urgente necessidade de pacificação da divergência sobre o tema, a fim de promover maior segurança jurídica aos contribuintes que venham a sofrer execuções fiscais, mas que porventura tenham algum crédito ainda não homologado pelo Poder Público”, alerta o manifesto.
Confira lista de entidades que assinaram o manifesto:
ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas
ABISEMI – Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores
Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
Abratel – Associação Brasileira de Rádio e Televisão
ABT – Associação Brasileira de Telesserviços
APETI – Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação
AsBraAP – Associação Brasileira de Agricultura de Precisão
Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais
FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus
FecomercioSP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
FENAINFO – Federação Nacional das Empresas de Informática
LISBrasil – Associação Brasileira das Empresas Desenvolvedoras de Sistemas de Informação Laboratorial
TelComp – Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas
A ABINC, por meio do presidente Paulo José Spaccaquerche, participou do lançamento do Polo Agrotech na cidade de Ivaiporã/PR. O evento, realizado na última segunda-feira (06/06), marcou também a assinatura do Termo de Cooperação Técnica, com o objetivo de implantar tecnologias IoT para a cidade.
O Polo Agrotech é o projeto da Incubadora Tecnológica da Prefeitura de Ivaiporã/PR, que tem parcerias com a ABINC, Kotra e Tecpar, pretendendo implementar soluções inteligentes por meio da IoT. Essas parcerias vão tirar do papel iniciativas como a configuração do primeiro SandBox IoT da ABINC no Brasil, desenvolver soluções inovadoras para o agronegócio, atrair empresas e investidores juntamente com a Kotra e identificar oportunidades de soluções em tecnologias que possam promover o desenvolvimento social, econômico e ambiental do município com o Tecpar.
Foi imprescindível o apoio do Líder do comitê de Smart Cities da ABINC, Aleksandro Montanha, do prefeito de Ivaiporã, Carlos Gil, bem como do diretor de Indústria, Comércio, Turismo, Agronegócio, Tecnologia e Inovação do município, Alex Sandro da Fonseca.
Texto originalmente publicado na Newsletter de Julho de 2019 do IEEE IoT (Institute of Electrical and Electronics Engineers).
O conceito de cidades inteligentes é mais do que apenas implementar tecnologias sejam elas novas e/ou conhecidas − estas são cidades digitais. Quando falamos de algo inteligente, estamos falando sobre a capacidade de conectar tecnologias, lidar com dados e agregar valor − no caso das cidades inteligentes, trazendo valor para cidadãos e governos.
As cidades inteligentes começam pelas casas inteligentes. Com base em dados das casas inteligentes sobre o consumo de serviços básicos pelos cidadãos (por exemplo: água, gás, eletricidade, esgoto, internet banda larga, etc.), os governos e prestadores de serviços podem analisar, tomar decisões e agir, fornecendo, de maneira equilibrada, a carga adequada de serviços para as cidades e para os cidadãos. Quando falamos de casas inteligentes e cidades inteligentes, qual é a primeira coisa que vem à mente senão mobilidade? A mobilidade é um fator crítico para as grandes cidades em todo o mundo. Então, como os carros autônomos podem beneficiar as cidades inteligentes?
Tecnologia + Carros = Oportunidades
Todos nós temos lido sobre carros conectados e autônomos e seus benefícios − desde a diminuição de acidentes de carros, até tornar a vida das pessoas mais otimizadas, pela integração com outras tecnologias. Este é um vasto assunto a ser explorado. Ao mesclar os carros com tecnologias emergentes como a internet das coisas (IoT), a Inteligência Artificial (AI), o machine learning (ML), o deep learning (DL), não há limitações para a criatividade, para a inovação; e eu não estou falando apenas de experiências do usuário, estou falando também sobre os insights fornecidos por todos os dados envolvidos. Estou falando sobre novos modelos de negócios (mesmo para as marcas existentes), sobre oportunidades para empreendedores desenvolverem novos produtos e novos serviços, sobre abastecer governos com dados gerados para tomar decisões corretas e rápidas, e sobre oportunidades para P&D de produtos e também para engenheiros de aplicação. Como podemos ver, existem novas oportunidades (que incluem novas carreiras) para todo o ecossistema − aquelas direta e mesmo indiretamente envolvidas. Em outras palavras, este é um novo estilo de vida para os usuários e para novos negócios que vão surgindo tão rápido quanto podemos imaginar. Você está preparado para isto?
Os carros conectados e a cidade
Carros conectados estão ao nosso redor há alguns anos. Por exemplo, usando a internet das coisas (IoT) é possível prever a manutenção preventiva e até mesmo a corretiva dos carros, e (sim) fornecer insights e insumos para as cidades inteligentes – eu vou lhes dizer como.
Figura 1: Vista em 3D do Google Earth de um distrito de São Paulo / Brasil (Créditos: Wardston Consulting, Dados do mapa: Google, DigitalGlobe).
A Figura 1 mostra uma área de uma cidade dividida em 4 quadrantes (com características muito semelhantes). Um usuário (U1) de um carro conectado (CC1) em um quadrante (Q1) vai para manutenção com maior frequência do que o de outro usuário (U2) do mesmo modelo de carro conectado (CC2) em outro quadrante (Q2). Existem várias hipóteses, mas os engenheiros preferem se basear em dados, e os dados dos carros conectados contam algumas histórias (com base em um contexto conhecido):
A velocidade média de (1) é maior que a de (2);
O tempo médio entre o ponto de origem e o ponto de destino de (1) é maior que o de (2);
O consumo médio de combustível de (1) é maior que o de (2);
A mudança de marchas média de (1) é maior que a de (2);
Mais alguns dados.
Com base nos poucos dados mostrados acima, parece que as ruas dos quadrantes Q1 e Q2 não são tão semelhantes como poderiam ser. Uma análise in-loco detectou que elas realmente não são semelhantes: Q1 tem mais lombadas e buracos do que Q2.
Figura 2: Lombada
Visto isso, é possível fornecer insights e informações para o governo local:
Criar mais postos de abastecimento de combustível em Q1;
Criar o tipo de lombada capaz de transferir energia do impacto mecânico dos pneus dos carros para engrenagens conectadas, para, por exemplo, gerar energia elétrica;
Muitos outros insights e informações.
As lombadas são feitas pela prefeitura, mas os buracos não são – a prefeitura deve consertá-los. Mas, para corrigi-los, é necessário saber onde eles estão.
Os carros autônomos beneficiam as cidades inteligentes
Os carros autônomos podem colher, processar, enviar e receber dados para tomar decisões e para agir. Um ecossistema complexo para lidar com grandes volumes de dados, sistemas de missão-crítica e totalmente conectadas em tempo real, mesclando internet das coisas (IoT), inteligência artificial (AI), machine learning (ML), deep learning (DL) fazem todas essas coisas trabalharem juntas.
Figura 3: Entendendo a relação existente entre inteligência artificial -IA, aprendizado das máquinas -AM, aprendizado profundo -AP (Créditos: IEEE Communications Society).
A visão computacional com modelos de machine learning (ML) treinados para detectar e reconhecer as coisas a serem evitadas (buracos) e não colidir (com outros carros, pessoas, objetos, etc.) é parte do complexo bloco cognitivo dos carros autônomos.
Figura 4: Buracos nas ruas podem ser detectados e reconhecidos pela visão computadorizada –VC.
Além disso, quando os carros autônomos estiverem circulando e tomando decisões e agindo, eles podem alimentar com dados a prefeitura e quem mais estiver interessado em trabalhar em conjunto para construir uma comunidade melhor:
Quando os carros autônomos identificarem buracos, eles poderão ajustar suas velocidades para causar menor dano ao veículo e poderão mapear a localização e o tipo dos buracos, a fim de notificar a prefeitura para tapa-los;
Quando os carros autônomos identificarem lombadas, eles poderão ajustar suas velocidades para causar menor dano ao veículo, além de mapear a localização das lombadas − para notificar a prefeitura para analisar e cruzar essas informações com várias outras (por exemplo, áreas com alta incidência de acidentes versus o número de lombadas, e fazer outras análises);
Muitas outras análises a fim de criar, gerenciar e produzir cada vez mais informações (para diversas finalidades).
É possível expandir a analogia dos 4 quadrantes anteriormente mencionados, dividindo a cidade em pequenas áreas, cada área com seus 4 quadrantes. Os carros autônomos que vão do ponto A para o ponto B, para o ponto C e para o ponto A, estão entrando e saindo de vários quadrantes, o que faz deles estações remotas que reúnem informações e que enviam esses dados para alguma nuvem, para algum banco de dados, para construção de um registro histórico de, por exemplo, temperatura em tempo real, chuva, neve, qualidade do ar, radiação UV e outros dashboards de dados climáticos – eu estou falando de dados em tempo real, não previstos (leiam mais sobre um dos meus projetos de IoT+AI/chatbot para cidades inteligentes chamado Smartytempy).
Por exemplo, fornecendo informações em tempo real sobre a qualidade do ar para um serviço de aluguel de bicicletas e patinetes, para notificar os usuários se a área está adequada ou não. E, com dados suficientes, é possível prever algum desastre natural e agir antes que ele aconteça. Se a rua ou estrada tiver neve ou enchente, usando realidade aumentada (AR) − com dados previamente mapeados − quando os olhos humanos por vezes não conseguirem ver os riscos, é possível mostrar na tela do carro ou do smartphone os perigos que estiverem alguns metros à frente. Como podemos ver, há muitos benefícios dos carros autônomos para as cidades inteligentes.
Lembrem-se: Quando falarmos de dados, big data, nuvem, banco de dados e coisas relacionadas, o importante é ter em mente que: dados e números por si mesmos não nos contam histórias, as histórias são construídas com base em um contexto conhecido em adição dos dados e números.
A pergunta de 1 bilhão de dólares
Visto isso, a quem pertence os dados?
Sobre o autor:Dalton Oliveira é engenheiro eletrônico que trabalha como Consultor, Mentor, Palestrante Global em Transformação Digital (aplicação, produto, projetos, processos, engenharia) para a Wardston Consulting. Ele foi premiado Top 3 IoT World Series (competindo com Siemens, AT&T, Bayer e outras) e Facebook Testathon Best Product Idea. Ele tem experiência em projetos e produtos globais de missão-crítica com budget de bilhões de dólares para empresas globais (bens de consumo, telecom, equipamentos científicos), governos e universidades desde 2002. Para a internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (AI), alguns dos seus projetos autorais estão instalados desde o Vale do Silício até Nova Iorque. Palestrante convidado do evento IoT World Series em Atlanta/USA, escritor convidado na IoT Manufacturing em Cincinnati/USA, juiz convidado na The George Washington University em Washington/DC. Mencionado em publicações acadêmicas da Universidade da Arábia Saudita + MIT/USA, entrevistado pela Revista Riviera (com exclusividade em 1/3 de página), entrevistado pela TV Cultura (noticiário de TV, horário nobre, cobertura nacional). Contate-o no LinkedIn e no website da Wardston.
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