Talvez, há cerca de 20 anos, quando foram desenvolvidos os primeiros modelos de smartphone, nem seus idealizadores imaginaram que os aparelhos se tornariam tão populares e presentes no dia a dia das pessoas, disponibilizando funções muito além da simples interação com outro indivíduo.
Em poucos anos os aparelhos se tornaram febre e hoje estão nas mãos de bilhões de usuários em todo mundo – entre estes alguns que nunca viram um celular com teclado analógico e não sabem o que é uma vida completamente off-line.
Aqueles com um pouco mais de idade – como eu, que com apenas 32 anos passei pela TV em preto e branco, internet discada, e compartilhava o “orelhão” da rua com os demais vizinhos que também não tinham telefone fixo em casa – acreditam lidar bem com uma vida fora das redes sociais, mas isto significa que estamos desconectados?
É claro que para uma grande parte da população a resposta para esta pergunta seria negativa. Isso porque mesmo não estando presos a uma vida virtual, aproveitamos em nosso dia a dia a capacidade de conectividade entre os mais diversos tipos de aparelhos.
Aí mesmo na sua casa há aparelhos com conectividade bluethooth e Wi-Fi. Por muitos anos bater palma para acender ou apagar uma lâmpada era o mais inovador em termo de interação com este objeto. Hoje, através do celular é tão possível acionar uma lâmpada dentro de casa quanto alterar a cor da sua luz.
A Internet das Coisas (IoT) tem transformado as vidas nas cidades dentre as coisas mais simples em nosso dia a dia às mais complexas no segmento industrial. Por esta razão o número de “coisas” conectadas cresce em larga escala, podendo chegar a 20 bilhões até o próximo ano.
Com mais objetos ganhando conectividade, novos modelos de negócio estão surgindo e o que já foi ficção científica pode, em breve, estar a um toque na tela do celular. Nas últimas semanas as duas gigantes da internet Facebook e Google anunciaram novidades para o comércio de produtos em suas redes sociais.
Durante um evento para apresentar as novidades dos produtos ligados ao Facebook, Mark Zuckerberg anunciou que o WhatsApp permitirá que o lojista suba seu catálogo de produtos e serviços diretamente no aplicativo, utilizando o WhatsApp Business.
“Em um ano, milhões de pequenos negócios usam o WhatsApp Business para se comunicar com os seus clientes. Agora, estamos lançando uma nova ferramenta, Catálogo de Produtos. Você conseguirá ver facilmente o que está disponível de cada empresa”, afirmou o fundador do Facebook.
“Isso será especialmente importante para todos os negócios que não têm presença na internet – site próprio, por exemplo – e que estão aumentando o uso de plataformas de uso privado para interagir com seus clientes”, concluiu.
Lançado em janeiro de 2018, o WhatsApp Business, é um aplicativo de mensagens para pequenas e médias empresas. Nele é possível inserir dados do comércio como hora de funcionamento, link para site, endereço e possibilidade de cadastro em uma linha de telefone fixo. Também há muitas outras funcionalidades que contribuem para o negócio como métricas e respostas rápidas.
Na semana passada, a maior rede de buscas anunciou uma ferramenta que talvez seja a que mais irá impactar a relação entre consumidores e varejistas nos próximos anos. Com a nova tecnologia de realidade aumentada, os consumidores poderão testar os produtos pelo próprio celular após uma pesquisa no Google.
“Com a realidade aumentada, a câmera nas nossas mãos tem se transformado em uma ferramenta visual poderosa para ajudar a entender o mundo ao nosso redor”, afirmou Aparna Chennapragada, vice-presidente do Google.
A ferramenta funciona da seguinte forma: o internauta que procura um calçado e encontra no Google um modelo que o agrada sendo vendido em um e-commerce, pode experimentar o produto antes de efetuar a compra, colocando-o ao lado de suas roupas para ver se combina. Como apresentado no vídeo abaixo:
Um modelo 3D bem feito para a tecnologia pode contribuir para reduzir as trocas e devoluções no e-commerce, já que o sistema permite que o consumidor possa testar o produto antes de finalizar a compra.
A integração 3D do Google não fica restrita apenas para as buscas na internet. A empresa também apresentou o Google Lens, plataforma que usa realidade aumentada no celular para o varejo.
No exemplo apresentado por Chennapragada, o aplicativo identifica automaticamente quais pratos de um menu de restaurante são os mais populares ao apontar a câmera para o cardápio. Ao clicar em qualquer um deles, é possível ver os pratos em detalhes – com fotos – antes de pedir. Isso tudo na tela do smartphone.
De acordo com a vice-presidente do Google, ainda estão sendo feitas parcerias com lojistas para promover experiências como essas.
Enquanto muitos aguardam o aparelho que irá substituir os smartphones, estes ganham cada vez mais interações com o nosso dia a dia, contribuindo para o trabalho e durante o lazer. Mais do que um dispositivo de comunicação entre pessoas, os aparelhos estão ampliando sua capacidade, permitindo que possamos também trocar informações com as “coisas” conectadas.
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Referências: E-commerce Brasil