ABINC e IDSA lançam Hub para criação de Data Spaces no Brasil

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País terá o primeiro Hub IDSA do continente americano, atuando como facilitador de um ecossistema de empresas interessadas em cooperarem na criação de espaços de dados

A International Data Spaces Association (IDSA) e a Associação Brasileira de Internet da Coisas (ABINC) uniram forças na missão de viabilizar o futuro da economia de dados no Brasil. A ABINC, a partir de agora, além de membro da IDSA, passa a atuar também como facilitadora do IDSA Hub Brazil, um ecossistema no qual empresas poderão cooperar com a IDSA na criação de Espaços de Dados no país. O Hub Brazil IDSA será lançado oficialmente no dia 21 de março, em Campinas, na sede do Instituto de Pesquisas ELDORADO que também é membro da IDSA.

Segundo Vinicius Pagano, gestor de Novos Negócios do Instituto Eldorado, a gestão de dados de forma segura é fundamental para o sucesso de projetos de pesquisa e desenvolvimento que visam a inovação. “O ELDORADO realiza projetos de P&DI para empresas nacionais e globais e, como membro da IDSA, reconhece a relevância dessa associação na definição de padrões para data spaces e na promoção do tratamento adequado dos dados”, afirma.

Espaços de dados são uma infraestrutura descentralizada que possibilita a troca de dados entre organizações e empresas em um ambiente transparente, seguro e confiável. Ao eliminar a necessidade de coordenação bilateral entre os atores envolvidos no compartilhamento de dados, os espaços de dados são um habilitador essencial de novos modelos de negócios digitais com robusta proteção e interoperabilidade de dados. Nesse sentido, diferentes abordagens de colaboração entre os setores público e privado têm emergido mundialmente para aproveitar os benefícios dos espaços de dados.

A Associação Internacional de Espaços de Dados (IDSA) abrange mais de 140 organizações mundialmente que se unem no desenvolvimento, teste e promoção de arquiteturas abertas, protocolos e padrões para tornar possível o compartilhamento soberano de dados. Hubs nacionais da IDSA, já implementados em diversos países, apoiam essas atividades e se conectam com o ecossistema local, movimento no qual o Brasil passa a fazer parte através da parceria entre ABINC e IDSA.

O evento tem como foco principal lançar oficialmente o Hub IDSA Brazil e apresentar o conceito de espaço de dados, que ainda é novo no país. Além disso, visa também explorar os desafios e oportunidades para a implementação de espaços de dados com base nas experiências setoriais internacionais existentes e discutir os desafios e oportunidades de atividades coordenadas entre o setor privado e o setor público.

De acordo com Flávio Maeda, vice-presidente da ABINC e Head Of Digital LatAM at AFRY, o Brasil será o primeiro país do continente americano a estabelecer um Hub. Portanto, o evento espera atrair os principais intervenientes digitais, incluindo agências governamentais, especialistas industriais, acadêmicos e startups que impulsionam as iniciativas digitais no Brasil. Além dessas, o vice-presidente da ABINC também destaca a expectativa de atrair empresas de todos os setores que podem se beneficiar do compartilhamento seguro de dados através da criação de novos modelos de negócios e do aumento da eficiência operacional das cadeias de valor. “As empresas que participarem do Hub IDSA Brazil terão a oportunidade de entender todo o potencial da aplicação dos Datas Spaces em todos os setores da economia e se capacitar para participar de projetos envolvendo Data Spaces”, ressalta.

A ABINC entende que os Data Spaces possuem um potencial enorme de aplicação no país, principalmente em setores chaves da economia, como o Agronegócio, Indústria e Logística – é o que diz Flavio. Ele ainda ressalta que os Data Spaces são, portanto, um componente fundamental para o posicionamento do país na nova economia digital baseada em dados. “O interesse da ABINC na parceria e cooperação com a IDSA está em participar do processo de padronização de Data Spaces, explorar e desenvolver os primeiros projetos envolvendo Data Spaces, fomentar a colaboração entre os setores públicos e privados, e capacitar profissionais para atuarem nessa área no país”, declara.

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