No recente painel sobre “Conectividade & Infraestrutura” apresentado no Massive IoT Summit 2024, realizado pela Everynet, em parceria com a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), líderes da indústria ofereceram insights valiosos sobre a situação atual e o futuro da Internet das Coisas no Brasil. Ricardo Simon, Sales Director Latam na Quectel, destacou a importância da manutenção em campo e a necessidade de soluções completas de infraestrutura. “Colocar a infraestrutura de pé é o de menos; o verdadeiro desafio está na manutenção e no atendimento das dificuldades dos clientes no terreno,” explicou Simon, acrescentando que é crucial estar pronto para entregar uma solução de hardware fim a fim.
Janilson Bezerra, Diretor de Novos Negócios da ATC, viu oportunidades para o desenvolvimento de uma variedade de soluções em IoT. Enquanto isso, Jeremias Neves, VP Sales na Khomp, ressaltou a adaptabilidade e criatividade brasileiras, essenciais para atender às diversas necessidades da indústria. “O brasileiro consegue atender muitas frentes; é vital pensar na aplicação e no negócio,” disse Neves.
Oscar Delgado, Sr. Latam Director da Myriota, observou que o benefício reconhecido pelo cliente é primordial e que a tecnologia deve ser uma consequência do uso da ferramenta correta para as necessidades do cliente. Ele compartilhou um caso de sucesso na monitoração da produção de mel através de uma combinação de tecnologias celulares, LoRa e satélite, ilustrando como soluções inovadoras podem trazer benefícios significativos.
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Ricardo Simon também criticou a indústria por vezes perder tempo em discussões infrutíferas, quando o foco deveria estar na prontidão para diversos cenários e realidades de negócios. “Estamos prontos para qualquer cenário, qualquer realidade,” afirmou.
Falando sobre a operação 4.0, Janilson Bezerra mencionou uma concessionária de água preocupada com o futuro e a distribuição hídrica, exemplificando a necessidade de novos modelos e a maturidade do mercado. Ricardo Simon alertou sobre o entusiasmo exagerado com novas tecnologias, argumentando que a indústria muitas vezes falha ao focar demais em marketing e vendas de novas tecnologias, em vez de entender o tempo de maturação de cada tecnologia já em execução.
Oscar Delgado encerrou destacando as dimensões continentais do Brasil e o vasto leque de oportunidades e possibilidades que isso traz para o setor de IoT.