Aplicações de IoT que se tornaram viáveis com o 5G

Por Paulo Spaccaquerche

 

A Internet das Coisas (IoT) tem revolucionado a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor, conectando dispositivos e possibilitando o compartilhamento de informações em tempo real. Com o advento da tecnologia 5G, as aplicações de IoT se tornaram ainda mais viáveis, impulsionando o desenvolvimento de novas soluções e abrindo um leque de possibilidades, oferecendo melhorias significativas em áreas em que a IoT está presente e permitindo seu desenvolvimento mais avançado. O 5G traz vantagens como maior velocidade de transmissão de dados, capacidade de rede aprimorada, menor latência e maior confiabilidade da conexão.

 

A rede 5G é uma das principais habilitadoras para a expansão e o aprimoramento do IoT, trabalhando em conjunto para impulsionar soluções inovadoras em diversos setores. Ela oferece suporte essencial para lidar com uma grande quantidade de dispositivos IoT e a troca de dados em tempo real. Por outro lado, o IoT proporciona ao 5G novas oportunidades de criação de soluções de conectividade inteligente em setores como saúde, manufatura, cidades inteligentes e transporte.

 

Essa sinergia entre IoT e 5G resultará em maior eficiência na coleta, processamento e compartilhamento de dados, permitindo uma comunicação mais rápida entre os dispositivos IoT. Isso traz benefícios significativos para as empresas, que poderão desenvolver soluções mais eficientes e inteligentes. No entanto, a implementação dessa tecnologia requer um investimento significativo, além de preocupações com a segurança e a privacidade dos dados. Portanto, o futuro do IoT com o 5G dependerá da capacidade das empresas em equilibrar os desafios ao longo do caminho com as oportunidades que a tecnologia oferece.

 

Neste artigo, elenco algumas das aplicações de IoT que se beneficiaram do 5G e os impactos positivos que essa combinação tem trazido para diversos setores. Veja a seguir:

 

Cidades Inteligentes: as cidades inteligentes estão se tornando uma realidade, graças ao poder do 5G. Com uma conectividade ultrarrápida e uma latência reduzida, a infraestrutura de IoT pode ser implantada em larga escala para otimizar a gestão urbana. Sensores inteligentes podem monitorar o tráfego, o consumo de energia, a qualidade do ar e a segurança pública, permitindo uma tomada de decisão mais eficiente e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos.

 

Saúde Conectada: a aplicação do 5G na área da saúde tem o potencial de revolucionar a forma como os cuidados médicos são entregues. Com a IoT, dispositivos médicos inteligentes podem ser conectados em tempo real, permitindo o monitoramento remoto de pacientes, diagnósticos mais precisos e intervenções mais rápidas. A tecnologia 5G viabiliza a transmissão de grandes volumes de dados de saúde de forma rápida e segura, tornando possível a telemedicina e a realização de cirurgias remotas.

 

Indústria 4.0: o 5G tem sido um impulsionador chave na adoção da Indústria 4.0, que se baseia na automação e na digitalização dos processos industriais. Com a IoT, sensores e dispositivos conectados podem fornecer dados em tempo real para otimizar a produção, melhorar a eficiência energética e prevenir falhas na linha de produção. A baixa latência do 5G permite uma comunicação rápida e confiável entre máquinas, permitindo a criação de fábricas inteligentes e altamente eficientes, além da criação de gêmeos digitais.

 

Transporte Conectado: a conectividade do 5G é fundamental para a implementação de veículos autônomos e para melhorar a segurança e a eficiência do transporte em geral. Com a IoT, os carros podem se comunicar entre si e com a infraestrutura viária, permitindo uma melhor coordenação do tráfego, prevenção de acidentes e redução do congestionamento. Além disso, o 5G possibilita a transmissão de grandes quantidades de dados de sensores em tempo real, permitindo uma resposta rápida a emergências.

 

Agricultura Inteligente: A combinação de IoT e 5G tem o potencial de transformar a agricultura, aumentando a eficiência e a produtividade. Sensores conectados à Internet podem coletar dados sobre solo, clima e crescimento das plantas, permitindo uma gestão mais precisa e personalizada das culturas. Com o 5G, os agricultores podem monitorar e controlar remotamente suas operações, automatizar processos e usar algoritmos avançados para otimizar a produção de alimentos.

 

Apesar de todas essas possibilidades, é fundamental levar em consideração as questões de segurança e privacidade, especialmente para as empresas que estão investindo nessas soluções. Com a crescente quantidade de dados gerados e compartilhados pelos dispositivos IoT, a segurança dos dados se torna uma preocupação cada vez mais importante. É necessário implementar medidas adequadas de proteção e garantir a conformidade com regulamentações e padrões de segurança para mitigar os riscos associados ao uso do IoT e do 5G.

 

Em resumo, a combinação do IoT com a tecnologia 5G promete um futuro promissor, impulsionando inovações em diversos setores. Com uma conectividade mais rápida, capacidade expandida e menor latência, o 5G permite a criação de soluções mais eficientes e inteligentes no âmbito da IoT. No entanto, é fundamental abordar de forma adequada as preocupações com segurança e privacidade dos dados para garantir o sucesso dessa evolução tecnológica.

 

Paulo José Spaccaquerche (conhecido como Paulo Spacca) é presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC). Com mais de 40 anos de experiência profissional, passou por diversas empresas líderes em tecnologia, como IBM e SAP. Paulo também foi responsável pela implantação no Brasil de empresas americanas como Sybase, Netscape, Peoplesoft e Quest, entre outras. Possui treinamento multidisciplinar em Engenharia e Administração, além de extensão curricular pela Universidade Harvard, nos EUA. Spacca é reconhecido nacionalmente por seu relacionamento com os principais executivos de empresas públicas, privadas nacionais e multinacionais, com atuação em diversos segmentos de mercado. Ele também professor na IBM para os cursos de vendas.

O Papel das Tecnologias Emergentes nas Cidades Inteligentes

A tecnologia tem sido um fator fundamental na transformação das cidades inteligentes em todo o mundo. Seja por meio do 5G, Web3, Blockchain, Internet das Coisas (IOT), Metaverso ou Inteligência Artificial (IA), a aplicação dessas tecnologias emergentes em diferentes áreas pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas nas cidades. Minha experiência no tema das smart cities foi pioneira, desde de 2011, quando ainda pouco se falava sobre o assunto. Hoje com uma participação prática no tema, aplicando tecnologias em projetos de governo, consigo ter uma visão holística de como as cidades vem evoluindo e aderindo ao conceito. Neste artigo, fiz um apanhado dos casos de Seul, Dubai e Singapura, que demonstram o potencial da tecnologia para transformar as cidades em lugares mais eficientes, seguros e conectados.

 

Em Seul, a tecnologia 5G está sendo utilizada para testar veículos autônomos e melhorar a qualidade das imagens capturadas pelas câmeras de segurança na cidade. Em Dubai, a tecnologia blockchain está sendo aplicada na criação de uma plataforma de registro de dados médicos e na construção de um metaverso, enquanto em Singapura, a inteligência artificial está sendo utilizada para melhorar a eficiência dos serviços públicos e desenvolver políticas públicas para atender às demandas de uma população que está vivendo cada vez mais.

 

Conectividade Ultra-rápida – SEUL

 

O caso de Seul é um exemplo de como a tecnologia 5G pode ser aplicada em diferentes áreas para melhorar a eficiência e a qualidade de vida das pessoas. A Coreia do Sul é um dos países mais avançados em relação à implementação do 5G, tendo sido o primeiro país do mundo a disponibilizar uma rede comercial de 5G em abril de 2019.

 

Com a tecnologia 5G, as empresas de transporte em Seul estão testando veículos autônomos que podem transportar passageiros de forma segura e eficiente. A alta velocidade de transmissão de dados do 5G permite que os veículos sejam controlados remotamente por um motorista humano, que pode monitorar a estrada por meio de câmeras e sensores instalados no carro.

 

Além disso, a tecnologia 5G também está sendo utilizada para melhorar a qualidade das imagens capturadas pelas câmeras de segurança na cidade. Com a conexão 5G, as imagens podem ser transmitidas em tempo real com maior clareza e rapidez, o que permite uma resposta mais rápida em caso de emergências.

 

O caso de Seul demonstra o potencial do 5G para transformar a forma como as pessoas se movem e interagem com o ambiente urbano, além de melhorar a segurança pública e a qualidade de vida.

 

Web3 e Metaverso – DUBAI

A Web3, IOT e Metaverso são outras tendências que podem trazer grandes benefícios para as cidades inteligentes. A Web3 é a terceira geração da internet, que tem como base a descentralização de dados e serviços, além da utilização de tecnologia blockchain. Com a IOT (Internet das Coisas), é possível conectar objetos do dia-a-dia à internet, criando um ambiente inteligente e interconectado. Já o Metaverso é um ambiente virtual imersivo, que permite a interação entre usuários em um ambiente virtual. Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a cidade está utilizando a tecnologia blockchain para criar uma plataforma de registro de dados médicos, além de estar investindo na construção de um metaverso que permitirá a interação entre cidadãos em um ambiente virtual.

 

O caso de Dubai é um exemplo de como a tecnologia blockchain pode ser aplicada em setores como a saúde e o entretenimento, para criar soluções inovadoras e melhorar a experiência das pessoas.

 

A cidade de Dubai está desenvolvendo uma plataforma de registro de dados médicos baseada em blockchain, que permitirá que pacientes e profissionais de saúde acessem e compartilhem informações médicas de forma segura e eficiente. A plataforma, chamada de Dubai Pulse, utiliza a tecnologia blockchain para garantir a segurança e a privacidade dos dados, além de possibilitar o compartilhamento de informações entre diferentes instituições de saúde.

 

Além disso, Dubai está investindo na construção de um metaverso, um ambiente virtual onde os cidadãos poderão interagir e participar de atividades sociais, econômicas e culturais. O metaverso de Dubai será construído utilizando tecnologias como realidade virtual, inteligência artificial e blockchain, e será integrado com a infraestrutura da cidade, permitindo que as pessoas possam acessar serviços e informações de forma mais eficiente e conveniente.

 

O objetivo de Dubai com essas iniciativas é tornar a cidade mais inteligente, conectada e eficiente, oferecendo soluções inovadoras para seus cidadãos e visitantes, além de fortalecer sua posição como um centro global de inovação e tecnologia. O uso da tecnologia blockchain no registro médico e a construção do metaverso também demonstram o potencial da blockchain para transformar setores diversos e criar novas oportunidades de negócio e interação social.

 

Inteligência Artificial e longevidade – SINGAPURA

 

A inteligência artificial já está transformando as cidades em todo o planeta. Com a inteligência artificial, é possível criar sistemas de análise de dados em tempo real, melhorando a eficiência dos serviços públicos e a segurança. Fazendo um paralelo com o aumento da longevidade as cidades terão ainda mais desafios, como a necessidade de criar políticas públicas que atendam às demandas de uma população mais velha. Em Singapura, a cidade está investindo em tecnologias de inteligência artificial para melhorar a eficiência dos serviços públicos, além de estar desenvolvendo políticas públicas para atender às demandas de uma população que está vivendo cada vez mais.

 

A inteligência artificial pode ser a tendência tecnológica mais impactante para as cidades inteligentes, basta ver o recente sucesso do Chatgpt. Com o avanço da IA, é possível criar sistemas autônomos capazes de tomar decisões de forma independente, além de possibilitar a criação de novos modelos de negócio e serviços públicos.

 

O caso de Singapura é um exemplo de como a inteligência artificial (IA) pode ser aplicada no setor público para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços oferecidos à população.

 

Singapura está investindo em tecnologias de IA para melhorar a tomada de decisões e a prestação de serviços públicos. Por exemplo, a cidade está utilizando sistemas de IA para monitorar o tráfego e gerenciar a rede de transporte público, garantindo que os ônibus e trens cheguem aos destinos no horário previsto.

 

Além disso, Singapura está desenvolvendo políticas públicas para atender às demandas de uma população que está vivendo cada vez mais. A cidade está investindo em tecnologias de assistência social, como robôs de companhia para idosos, e está promovendo a educação em IA para garantir que os cidadãos estejam preparados para trabalhar com as novas tecnologias.

 

Outra iniciativa importante em Singapura é o uso de sistemas de IA para a prevenção de crimes. A cidade está desenvolvendo sistemas de vigilância por vídeo que utilizam IA para detectar atividades suspeitas e alertar as autoridades de segurança em tempo real.

 

O objetivo de Singapura com essas iniciativas é criar uma cidade inteligente e sustentável, que ofereça serviços públicos eficientes e de alta qualidade para seus cidadãos. O uso de tecnologias de IA no setor público também demonstra o potencial da IA para melhorar a eficiência e a eficácia dos serviços oferecidos pelos governos em todo o mundo.

 

Aplicabilidade das tecnologias emergentes

 

A tecnologia tem o potencial de transformar as cidades em ambientes mais inteligentes e conectados, trazendo benefícios para a população e para o meio ambiente. Com a aplicabilidade de novas tendências tecnológicas, é possível melhorar a eficiência dos serviços públicos, a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade das cidades. As cidades inteligentes têm se mostrado cada vez mais importantes para o futuro, e a tecnologia é um dos principais fatores que podem impulsionar essa transformação. É fundamental que governos e empresas invistam na aplicação de soluções tecnológicas inovadoras para criar cidades mais inteligentes, conectadas e sustentáveis.

 

 

ANDRÉ TELLES 

Especialista em inovação e governos inteligentes, com projetos realizados em parceria com a Prefeitura de Barcelona e o Governo da Catalunha. Escritor. Autor de seis livros relacionados ao tema da tecnologia e inovação. Professor de Pós-Graduação e palestrante. Lider do Comitê de Smart Cities da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) Diretor de inovação da Associação de dirigentes de vendas e marketing (ADVBPR). Foi Superintendente-Geral de Inovação do Governo do Estado do Paraná e atualmente é Assessor da Presidência da Companhia de Tecnologia do Paraná (Celepar).

 

Comitê de Auto e Mobilidade aborda a importância da tecnologia na gestão de frotas

Em entrevista, Alexandre Vargha e André Carvalho falam sobre automatização, telemetria, eletromobilidade, desafios e oportunidades para o setor de auto e mobilidade no Brasil

 

1) Qual a importância da tecnologia na gestão de frotas, desde a automatização dos serviços até a manutenção, os custos e o checklist?

A tecnologia de gestão de frotas é um recurso conectado e 100% Digital, extremamente produtivo para empresas que pretendem otimizar a gestão dos seus ativos, contribuindo para o aprimoramento na gestão e rastreamento de suas frotas. Além da segurança para os motoristas, a digitalização na gestão de frotas permite que a vida útil dos veículos seja medida, causando uma redução de gastos com manutenção. Também é possível mensurar o consumo de combustível, controlar a velocidade dos veículos, roteirizar rotas mais eficientes e até controlar fatores como a identidade do motorista e seu estado físico e comportamental. Tudo isso em tempo real.

 

2) Que desafios enfrentamos até que a telemetria pudesse ser considerada uma tecnologia consolidada no Brasil?

A indústria automotiva tem se movido no sentido de atuar em três pilares de transformação: Eletrificação, Veículos Autônomos e Digitalização. Hoje, temos uma forte tendência europeia em termos de tecnologia embarcada nos caminhões fabricados e comercializados no Brasil. As montadoras de veículos comerciais têm se preparado para a atender a legislação vigente com mudança para o padrão Proconve 8.

Algumas das novas tecnologias que estamos falando já são realidade e estão presente nos caminhões e ônibus. Assim como tecnologias entrantes no mercado advindas da motorização prevista para atender o Proconve 8, o cenário futuro requer o entendimento dos seus pilares estratégicos em conectar os modais e aprimorar as suas capacidades e possibilidades para a eficiência melhor eficiência energética e com baixo ou 0 o nível de emissões. Dentre as principais funcionalidades temos, por exemplo, o sistema de diagnóstico de bordo (OBD), tabela de código de falhas do sistema OBD relacionadas à emissão de poluentes, leitura dos registros, histórico de reparos e falhas, características e funcionalidades que atendem aos requisitos das regulamentações. O primeiro passo para a descarbonização é a economia no consumo de combustível. Fator que está presente na planilha de custos do transportador e figura como uma das principais despesas, ou em muitos casos, como a maior delas no dia a dia da operação de transportes.

No Brasil, temos muitos desafios, mas as tecnologias que contribuem para a gestão de eficiência energética e redução de consumo de combustível dos caminhões e ônibus estão cada vez mais presentes em alguns modelos de veículos comerciais no país. E ainda, temos diversos prestadores de serviços de telemática que oferecem soluções e serviços. Atuam de uma forma consultiva e com um papel fundamental de agentes da mudança, em termos de gestão de frota, economia de combustível, provedores de informações para redução do peso do veículo nas vias, melhoria da dirigibilidade dos motoristas e podem contribuir diretamente sobre o tema de emissão de poluentes nas empresas de transportes. Estamos evoluindo muito bem neste cenário.

 

3) As soluções em tecnologia para a eletromobilidade têm sido criadas pelas próprias empresas ou ainda somos muito dependentes da importação?

Soluções de tecnologia que viabilizam a jornada rumo a eletromobilidade passam por um momento transitório e rumo a sua maturidade. São grandes os desafios, como acelerar a eletrificação e fortalecer o fluxo de baterias ao longo do ciclo de vida, assim como suportar a infraestrutura de carregamento. O objetivo geral é reduzir o impacto ambiental de veículos de passeio e comerciais a combustão para híbridos ou elétricos.

O elemento principal nesta jornada são as baterias que atualmente importamos. A bateria é um dos componentes centrais de um veículo elétrico e, por isso, o seu gerenciamento e o monitoramento é algo extremamente complexo. A bateria utilizada nos veículos é muito sensível às condições de temperatura, então é preciso ter uma cadeia de serviços estruturada para poder oferecer o suporte necessário para a sua manutenção de forma eficiente.

Quando utilizada esta tecnologia é preciso ter uma infraestrutura muito bem elaborada, do ponto de vista da montadora, além dos requisitos dos sistemas de carregamento que também estão se incorporado. Através da inteligência conectada, muitas montadoras estão utilizando o seu ecossistema de dados para melhorar a questão da eficiência energética em veículos de propulsão híbrida e elétrica. Com a inteligência conectada aplicada, são obtidas melhoria de 3% a 12% na eficiência operacional. É um resultado espetacular para os clientes. Isso tem impacto no TCO – Total Cost Ownership da melhor forma possível provendo economia e melhor performance operacional aos clientes.

 

4) Quais as dificuldades que o Brasil ainda tem na área de eletromobilidade e tecnologia na gestão de frotas?

O desafio de ter comunicação nas estradas federais o tempo todo nos permite uma reflexão sobre o que precisamos em termos de legislação, infraestrutura e Sistemas Inteligentes de Transportes (ITS), que atendam a legislação e regulamentação para rumo a eletromobilidade. Estamos falando da Rodovia Conectada e Cidades Inteligentes, no presente e no futuro. A capacidade de inovação e ferramentas que permitam auxiliar na distribuição e gerenciamento da energia, tais como a Inteligência Artificial, certamente trazem uma expectativa de mais Verde e melhoria na qualidade de vida.

Caminhões urbanos e rodoviários rodando nas estradas conectadas pode ser uma realidade que permite ter baixa latência para a gestão das frotas, melhoria na área de cobertura de telecomunicações 4G e do novo 5G e tecnologia embarcada de ponta. Eles retratam novos rumos para as operações de transportes, monitorados em segundos e traduzidos em conforto, comunicação e segurança para operações logísticas e de entrega nas cidades. Se faz necessárias soluções e sistemas que monitoram os pontos de carregamento elétrico e a otimização das rotas programadas via redes neural, fatores para segurança da operação nas vias e de outras tecnologias que possam contribuir para a proteção do indivíduo, do veículo e da carga, a fim de perceber e reagir as condições operacionais e de risco ambiental, associadas a Internet das Coisas e inseridos em uma estratégia muito clara de descarbonização, transição energética e combustíveis mais limpos. Maior eficiência no transporte e a construção de uma infraestrutura para a mobilidade elétrica são os grandes desafios do Brasil rumo a sua maturidade para a incorporação dessas novas tecnologias.

 

5) Que oportunidades e projeções você para o Brasil nesta área? O que esperar do futuro?

A criatividade no ambiente de negócios que envolvem uma abordagem analítica e uso de metodologias no mundo Digital e processos ágeis, redefinem, em poucas palavras, o que temos de melhor quanto ao que esperamos do futuro. Favorecem um ambiente econômico e novas experiências, seja na boleia dos caminhões, nos smartphones dos motoristas, nos sistemas de telemática embarcados de fábrica e outros dispositivos conectados, que certamente na sua individualidade e no coletivo, abrem novos caminhos para termos rodovias mais modernas e tecnologia de ponta presente no dia a dia dos motoristas e na jornada de cada um de nós, especialistas e profissionais da área. Todos estes fatores contribuem para a mudança cultural e percepção de valor de cada indivíduo, principalmente na conscientização e ações que contribuam para o controle de emissões e cumprimento das metas para os próximos anos. Uma relação direta entre o Ecossistema e o Verde. O meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida das pessoas nas grandes cidades e em todo o nosso país.

A Internet das Coisas e a Inteligência Artificial já podem nos fazer envelhecer melhor

Recentemente, estive assistindo e escutando com meus filhos ‘When I am sixty-four’ (Quando eu tiver sessenta e quatro anos de idade) dos Beatles. Falo assistindo e escutando, pois, além de escutar essa que é uma das suas inúmeras canções consagradas, também somos fãs de uma série infantil chamada Beat Bugs, disponível no Netflix, onde cada episódio remete a uma canção da referida banda.

No episódio ‘When I am sixty-four’, os personagens, que são insetos infantis, se perguntam como seria ser como um velho? Daí, eles encontram uma máquina de viagem no tempo e um dos personagens vai para o futuro. Lá ele se percebe mais velho e imagina estar com sessenta e quatro anos de idade. Lembra dos amigos ainda jovem, mas percebe várias limitações no seu corpo. A solidão está presente na temática e seu único acessório é uma bengala. Fiquei refletindo como esse personagem, que é o mais ativo do grupo de insetos infantis, encara essas limitações no seu corpo. E o que se passava pela cabeça dos meus filhos sobre como eles envelhecerão? Me pergunto também se alguma tecnologia em específico será a bala de prata para ajudar no envelhecimento humano. Isso é difícil de dizer pois o cenário é muito dinâmico. Terminamos 2022 discutindo Metaverso e iniciamos 2023 já com foco total em IA Generativa. No entanto, a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) combinada com a Inteligência Artificial estão aí há mais tempo, e já podemos observar alguma consolidação de ganhos no campo do envelhecimento humano. Por enquanto, eu apostaria nelas!

Felizmente, tenho visto boas perspectivas de melhorias. Como sou de TI, interagir com grupos de saúde e envelhecimento humano sempre me trouxeram muitos aprendizados. Aqui vamos focar no que a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial estão contribuindo para isso, baseado nas nossas experiências com a plataforma intitulada: Sênior Saúde Móvel. O tópico é muito extenso e poderíamos trazer uma lista exaustiva sobre o papel que todas essas tecnologias disruptivas atuais trazem de contribuição para esse tema. À primeira vista, sabemos que sensores podem nos ajudar a detectar quedas, infartos, chamar emergência, notificar familiares, automatizar tarefas, entre outras coisas. Sistemas de monitoramento de câmeras ou de sonorização também podem facilitar muito a vida em um lar com idosos e ajudar a detectar acidentes. Nosso foco aqui será na prevenção de síndromes geriátricas e na evolução da qualidade de vida do indivíduo durante o curso do seu envelhecimento.

Vamos tomar como exemplo o smartwatch. Esse dispositivo já está bastante popularizado hoje em dia. Quase todo indivíduo interessado no monitoramento da sua saúde e na melhoria do seu desempenho nas atividades físicas tem adquirido um. Tomamos esse dispositivo como uma referência nesse artigo, pois geralmente ele é construído orientado ao público fitness. Então nos perguntamos: o que mais ele pode fazer pelo envelhecimento humano?

Também não discutiremos a construção de um dispositivo próprio. Isso embute muitos desafios que, infelizmente, nem sempre são possíveis de serem ultrapassados por conta da desindustrialização do nosso país. Há alguns dispositivos comerciais disponíveis no mercado, com ampla aceitação, e que permitem acesso a dados de seus sensores. Exemplos imediatos de marcas que incentivam desenvolvedores são: Garmin, Polar e Fitbit. Geralmente esses dispositivos nos dão acesso a sensores tais como acelerômetro, giroscópio, GPS (global position system), PPG (photoplethysmography), entre outros. Também é possível pegar acesso a dados de saúde já processados a partir desses sensores, gerando valores e séries sobre número de passos, qualidade de sono, tempo ativo, gasto de calorias, frequência cardíaca, entre outros. A acurácia desses sensores vem melhorando cada vez mais e novos e mais complexos sensores estão sendo inseridos. Hoje, novas versões possuem sensores que antes estavam disponíveis apenas em equipamentos específicos ou de UTI, como é o caso da oximetria.

Pois bem, a partir desses sensores e dos dados fornecidos podemos atacar problemas importantes no envelhecimento humano. Por exemplo, a síndrome da fragilidade é caracterizada por cinco critérios de acordo com a geriatra e epidemiologista Linda Fried: 1) Perda de peso não intencional; 2) Exaustão avaliada por autorrelato de fadiga; 3) Diminuição da força de preensão manual; 4) Baixo nível de atividade física; e 5) Diminuição da velocidade de caminhada. Na plataforma Sênior Saúde Móvel, os três primeiros itens podem ser capturados por dispositivos (IoT ou não) como balanças e dinamômetros, e questionários. Para os dois últimos foram desenvolvidas aplicações específicas a partir dos sensores e dos dados do smartwatch. O baixo nível de atividade física pode ser identificado por algoritmos construídos a partir de valores de referência da literatura, tais como o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ – International Physical Activity Questionnaire). Esses algoritmos identificam a frequência cardíaca máxima do idoso, define a intensidade das atividades físicas identificadas e classifica períodos de tempo como sedentários até muito ativos. Tudo isso a partir de dados coletados no smartwatch do idoso sobre frequência cardíaca, número de passos, atividades, distância percorrida, calorias, entre outros. Por fim, a velocidade da marcha consiste em um aplicativo embutido no smartwatch que consegue realizar estimativas da velocidade do paciente em janelas de tempo a partir de dados do acelerômetro. Diversos métodos lineares e não lineares podem ser experimentados, já que existem marcas que permitem o acesso aos dados dos sensores em tempo real.

Alguns esforços nesse tipo de abordagem estão presentes na maioria das funcionalidades que buscamos. Listo aqui alguns dos principais que me vem à mente: 1) Remoção de ruídos nos sinais do acelerômetro: este dispositivo é sensível à força da gravidade, impactando nos valores do três eixos espaciais; 2) Limitação de recursos dos dispositivos: smartwatches ainda possuem pouca memória, baixa capacidade de leitura/escrita, limitações por consumo de bateria, entre outros, requisitando tomadas de decisões de projeto que se adequem a estes cenários; 3) Garantia de atributos de qualidade: as aplicações para esses produtos precisam ter uma boa usabilidade (mesmo que sejam apenas para cuidadores ou profissionais de saúde), garantir bom funcionamento quando o número de usuários escalar, latência de comunicação, etc.

Por fim, além dos benefícios para a saúde humana, bem-estar social e qualidade de vida, tais aplicações de Internet das Coisas tem a capacidade de gerar uma massa de dados valiosa. Temos conseguido entregar relatórios, produzir indicadores, apoiar políticas públicas, realizar estudos, publicar artigos científicos, gerar novos produtos, participar de editais, e outras iniciativas mais. Esperamos que esses dados possam ser úteis de diversas outras formas ainda através da Inteligência Artificial e ajudem o país a se adaptar melhor aos problemas inerentes de um envelhecimento acelerado de sua população.

Finalmente, além de todos esses benefícios macro para a saúde populacional, vejo a Internet das Coisas combinada com a Inteligência Artificial como facilitadores decisivos que podem ajudar a nos sentirmos vivos por mais tempo. O engajamento que estas tecnologias provocam nos permitem observações óbvias e digitais, tais como interesse em cumprir metas, até observações não tão óbvias e analógicas, como analisar com amigos o seu relatório de saúde em uma mesa de dominó. Afinal, gostamos de nos sentirmos úteis, estarmos aptos a servir, atingir metas e bater recordes. A vida sempre nos proporcionará desafios, e superá-los (com ou sem a ajuda dessas tecnologias) será sempre um fator de motivação humano.


I could be handy, mending a fuse (Eu poderia ser útil, consertando um fusível)
When your lights have gone (Quando suas luzes acabassem)

Paulo Eduardo e Silva Barbosa (ou Paulo Barbosa) é coordenador do comitê de saúde da ABINC. É doutor em Computação, professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e coordenador de projetos no Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (NUTES). Orienta e co-orienta trabalhos de mestrado e doutorado nas áreas de Internet das Coisas e Inteligência Artificial aplicadas à saúde. Também coordena e atua em projetos Internet das Coisas e Inteligência Artificial com clientes na área da área de saúde, financeiro e energia com escopos no Brasil e no exterior. É consultor da startup Sênior Saúde Móvel, com foco em telemonitoramento de idosos e construção de modelos preditivos para síndromes geriátricas e reabilitação.

O caminho promissor da IoT no Brasil

Após a regulamentação pelo Governo Federal, a Internet das Coisas vem crescendo e as tendências apontam para sua consolidação no país.

 

A IoT é uma das ferramentas de inovação que surgiram junto à Indústria 4.0 e que, no Brasil, vem crescendo expressivamente nos últimos anos. A primeira vez que o termo “Internet das Coisas” surgiu foi em 1999, proferido por Kevin Ashton, pioneiro na área de tecnologia, que previu que um dia todos os objetos poderiam estar conectados por uma mesma rede. Porém, foi só em 2010 que a IoT começou a entrar em execução na prática, viabilizada pelas conexões via Web.

 

Desde então, a IoT tem acompanhado a evolução da Internet e tem sido cada vez mais utilizada para tornar casas, empresas e até mesmo cidades mais automatizadas e inteligentes. De maneira bem simplificada, se a internet comum conecta pessoas, a Internet das Coisas conecta eletrônicos e softwares, e seu impacto é tão expressivo que alcança todos os campos em que a internet possa chegar.

 

A IoT já está transformando e transformará cada vez mais a maneira como as pessoas monitoram suas casas, fazem compras, consomem informações na internet, monitoram a saúde, produzem alimentos no campo, transportam mercadorias, administram serviços, dentre outros; ou seja, é praticamente impossível mapear até onde a Internet das Coisas pode chegar.

 

Não bastasse as inúmeras possibilidades que a IoT pode trazer para o cotidiano, há um outro fator que tem sido considerado por muitos analistas como um dos pontos mais importantes para o futuro: a informação. À medida que os dispositivos estão sendo conectados, uma gama valiosíssima de dados e informações têm sido coletados e, dentro dessa economia digital, a informação é cada vez mais encarada como uma nova classe de ativos, uma vez que é possível transformar dados em inteligência e assim desenvolver novas soluções. Segundo pesquisa da Gartner, consultoria internacional especializada em analisar cenários de tecnologia, cerca de 35% das empresas que detém esse tipo de informação pretendem, em algum momento, monetizá-las. O crescimento da IoT no Brasil tem sido constante, porém desigual, uma vez que sujeita-se ao grau de maturação digital de cada mercado e da capacidade de cada setor responder às demandas de cibersegurança, governança, dentre outros fatores importantes para sua plena implementação.

 

Em 2019 a IoT foi oficialmente regulamentada no Brasil através do Plano Nacional de Internet das Coisas, que prevê implementar e desenvolver a IoT no país, baseado na livre concorrência e também na livre circulação de dados, de acordo com as diretrizes de segurança da informação e de proteção de dados pessoais. Após atravessar a etapa legislativa, a IoT ainda esbarra em dois fatores que impedem o desenrolar pleno da tecnologia, de acordo com Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), o fator cultural e a falta de mão de obra qualificada são impeditivos para a Internet das Coisas no Brasil, sendo o fator cultural causado pela falta de interoperabilidade, gerenciamento de mudanças e segurança. Ainda, outro aspecto a ser levado em consideração é a viabilidade de compra de equipamentos e ferramentas necessárias para a consolidação da IoT no país.

 

Por outro lado, com a implementação recente da rede 5G, a tendência é que haja mais facilidade em relação às conexões via IoT. Em 2021, mundialmente, de acordo com pesquisa da IoT Analytics, havia 12,2 bilhões de aparelhos conectados via IoT, obtendo crescimento de 8% em relação ao ano anterior e, no começo de 2022, foi projetado um aumento para 14,4 bilhões. A pesquisa ainda aponta que até 2025 cerca de 27 bilhões de dispositivos estarão conectados. No Brasil, o setor mais avançado em conexões via IoT é o da indústria, mas nos próximos anos é esperado uma forte expansão para os segmentos de serviços, como saúde, agronegócios e cidades inteligentes.

 

Fonte: https://organismobrasil.com.br/o-caminho-promissor-da-iot-no-brasil/

Mercado de US$ 318 bilhões, IoT movimenta aquisições no Brasil

Investimentos permeiam a cena de Internet das Coisas, que só em 2018 somou US$ 130 bilhões globalmente, e de provimento de Internet, setor que demonstra taxas anuais de expansão contínua na casa dos 20% a 25%.

 

O mercado global de Internet das Coisas (IoT), que engloba software, serviços, conectividade e dispositivos, alcançou US$ 130 bilhões em 2018 e deverá somar receitas de US$ 318 bilhões até 2023, crescendo a uma taxa composta anual de 20%, segundo dados da ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas. Já o setor de provedores de Internet vem em expansão contínua, crescendo a taxas que variam de 20% a 25% ao ano, conforme a Abrint – Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações.

 

Em função das taxas promissoras de expansão, investimentos nestes dois mercados vêm norteando estratégias corporativas. Um caso é o da IPv7 – Soluções Inteligentes, que recentemente adquiriu a Krauthein IoT, empresa focada no setor de Internet das Coisas (IoT) com especialização em soluções para segmentos como o agrícola e o de ISPs (Internet Service Providers).

 

A oferta da Krauthein IoT se baseia em Sistema Operacional de Tempo Real (RTOS) para controle e gerenciamento de dispositivos que dão suporte ao conceito de hiperconectividade, além de segurança e confiabilidade.

 

Segundo Droander Martins, CEO da IPv7, a demanda por serviços de IoT e ROTS é crescente, e as possibilidades são muitas, indo desde a automatização ou integração de soluções já existentes, até a criação de novas aplicações, específicas para cada caso ou cenário.

 

O executivo explica que a nova aquisição vem para integrar a BU (Business Unit) de IoT da IPv7, existente desde o final de 2016, quando a companhia selou uma aliança com a PUC-RS para impulsionar o segmento de Internet das Coisas e Data Science em Cidades Inteligentes.

 

“Do ponto de vista estratégico, estamos mostrando que levamos a sério o investimento em IoT. Já da parte de produto/portfolio, integramos mais uma aba de soluções para o mercado de provedores de Internet”, comenta Martins.

 

O CEO salienta, ainda, os diferenciais que motivaram a transação. “É uma das poucas empresas que tem, de verdade, uma plataforma de software para IoT, além de possuir um ecossistema diferente em relação ao mercado, onde concorrentes que têm IoT ainda estão na esfera das ideias”, celebra o gestor. “Finalmente, a Krauthein tem um portfólio funcional, já rodando em provas de conceito e clientes diversos”, acrescenta.

 

Para o CEO, o segredo da IoT é a plataforma robusta, com BI e inteligência artificial, conceito que é permeado tanto pela Krauthein, quanto pela IPv7.

 

Com a operação, Adriano Krauthein, fundador da Krauthein IoT, passa a fazer parte do grupo IPv7 como diretor de P&D para IoT. “A IPV7 é referência no mercado de provedores de Internet, com um grande networking e acesso a fundos de investimento que podem ser estratégicos para impulsionar o portfólio que a empresa já tem, bem como projetos de maior envergadura, que exijam um grande aporte inicial de capital”, afirma ele.

 

A aquisição também está ligada estrategicamente a outras parcerias que a IPv7 está firmando, ainda em fase de NDA, e que em breve serão abertas para o mercado, reforçando ainda mais a área de IoT e BI da companhia – inclusive, com atendimento ao mercado corporativo.

 

Anteriormente, a IPv7 já investiu em startups de BI e IoT, com georreferenciamento e mapas de calor para provedores. A aquisição da Krauthein IoT é a segunda realizada pela empresa neste setor, no qual a IPV7 vem investindo há três anos.

 

O valor da aquisição não foi divulgado.

 

Fonte: https://www.mundodomarketing.com.br/noticias-corporativas/conteudo/187395/mercado-de-us-318-bilhoes-iot-movimenta-aquisicoes-no-brasil/

A função crítica de um ERP para empresas de Utilities

Setor encontra na tecnologia uma oportunidade para abraçar novos índices de competitividade, reformulando etapas e otimizando processos

Por Paulo Ramos*

 

O segmento de utilities ocupa uma posição estratégica no país, isso é fato. A busca por alternativas que ofereçam ganhos de eficiência e confiabilidade surge como prioridade entre organizações da área. Os desafios são numerosos, e dentro de um contexto estrutural em que avanços acontecem a todo instante, manter uma postura de observância com ação pode ser determinante para que companhias de gás, energia elétrica, água, entre outros, aproveitem novas tecnologias e suas contribuições, de maneira significativa e alinhada com o mercado.

 

Seguindo essa linha de pensamento, um bom ponto de partida para expandir os horizontes estratégicos é entender como e onde a tecnologia deve ser introduzida. De acordo com um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), 76% das empresas de utilities possuem um plano de transformação digital, entretanto, ainda não visualizam o tema de forma estruturada, considerando etapas que envolvem a gestão em sua totalidade.

 

Essa complexidade justifica uma atenção especial à escolha de uma solução que atenda às necessidades apresentadas pelo negócio. O uso de um ERP (Software de Gestão Empresarial) desponta como uma opção viável e capaz de reinventar a governança em todas as frentes, deixando um passado de morosidade e baixo desempenho para trás.

 

Estabilidade e confiança para continuar em expansão

 

As mudanças propostas por meio da implementação de um ERP são processuais e culturais. Isso significa, na prática, readequar o capital humano dentro de um modelo de gerenciamento automatizado. Para empresas que apoiam seus moldes em sistemas manuais, a exemplo de planilhas, a margem para erros é muito maior, colocando a integridade e a continuidade dos procedimentos sob riscos evitáveis. Outro aspecto que pesa em favor de ferramentas digitais é a possibilidade de retirar tarefas repetitivas e exaustivas do dia a dia de profissionais capacitados, delegando-as à máquina. Como resultado, o ambiente operacional será simplificado, com menos entraves burocráticos e mais agilidade, gerando um aproveitamento inteligente da mão de obra e os próprios recursos disponíveis.

 

Além de assumir etapas cotidianas, o ERP traz clareza para a performance interna, da administração ao comercial — sempre com referenciais analíticos para melhores decisões. Por isso, investir na ferramenta correta com visão de futuro objeta soluções mais baratas e menos abrangentes.

 

Finalizando o artigo, é importante reforçar a revolução do setor de utilidades no Brasil, com abertura de mercado para o gás e energia, o marco do saneamento e outras frentes. Em relação ao apoio do ERP, é preferível que soluções de ponta sejam colocadas à serviço de um segmento em franco progresso. Certamente, são vários os impactos positivos que credenciam e enfatizam a relevância da tecnologia. No caminho por mais competitividade e disrupção, o momento nunca foi tão propício para se entrar de vez na era digital.

 

*Paulo Ramos é Head de SAP B1 na Actionsys.

 

Fonte: https://www.segs.com.br/seguros/367822-a-funcao-critica-de-um-erp-para-empresas-de-utilities

5G já está impulsionando a evolução da IoT no Brasil

O 5G chegou para impulsionar projetos que estavam parados, ou que foram até um certo ponto colocados à disposição, afirmou Paulo Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), em painel sobre os desafios do 5G no Brasil realizado pelo Fórum Estadão Think, em São Paulo. Segundo ele, a IoT já está sendo impulsionada pela nova tecnologia de conectividade.

 

Segundo o diretor executivo de Marketing e Negócios da Embratel, Marcelo da Silva Miguel, isso acontece porque o 5G amplia as possibilidades de utilização de automatização. Ele conta que existem empresas da indústria 4.0 que já estão muito evoluídas nesse processo, mas têm como necessidade tecnologias emergentes, como, por exemplo, machine learning e inteligência artificial, que ainda não foram completamente exploradas, pois a conectividade anterior não permitia isso. Porém, agora passam a ser habilitadas com a chegada do 5G.

 

Por outro lado, o 5G traz uma série de coisas que são inerentes à revolução dessa modernização. Spaccaquerche afirma que um dos primeiros desafios é entender os diversos “Brasis” existentes para, assim, realizar a expansão dessa inovação da melhor forma para cada região.

 

Para Ricardo Janes, professor da FEI, ainda existe muita dúvida no setor empresarial e um dos principais desafios é a falta de compreensão de que o 5G não é só uma conexão telefônica. “O empresário ainda tem que descobrir onde pode implementar em sua indústria e como se tornar uma ferramenta para melhorar a competitividade. O desafio é mostrar isso desde a micro indústria até as multinacionais”, aponta.

 

Por fim, o presidente da Abinc reitera alguns desafios atuais neste setor e complementa dizendo que é essencial entender exatamente as necessidades para poder aplicar a tecnologia. “Os nossos desafios são: formação de mão de obra e toda a parte de novas tecnologias que estão surgindo. Mas, nada disso é importante não houver o entendimento sobre o que realmente está em discussão.”

 

Fonte: https://canalexecutivoblog.wordpress.com/2023/01/19/5g-ja-esta-impulsionando-a-evolucao-da-iot-no-brasil/

IOT (Internet das coisas): O que é? Veja sua importância

Existem diversas tecnologias ganhando espaço e a cada dia se tornando grandes aliadas seja para empresas ou para pessoas físicas, como o IOT. Estamos na era onde um dos focos principais são tecnologias que agregam valor a saúde e bem-estar com uma união de homem e máquina. Como muitos acreditam sim a era da Industria 5.0 chegou, uma nova perspectiva sobre como a tecnologia influencia na vida das pessoas. Então vem entender melhor sobre essa tecnologia revolucionária.

 

O que é IoT?

A IoT (Internet of Things que conhecemos como Internet das Coisas) que se trata de um sistema que pode transmitir dados sem a interação humana, ou seja, qualquer coisa que pode se comunicar com uma rede de dados, através de um endereço de IP. Criada por Kevin Ashton que possuía a ideia de que os computadores pudessem captar dados sem que houvesse uma pessoa e com isso fazer diversas atividades. O que por muitos era considerado uma loucura. IOT que hoje está em praticamente todos os lugares veio mostrando que sim era possível.

Como funciona a IoT?

Sendo um ecossistema o IoT trabalha através de dispositivos inteligentes que são habilitados para web sendo computadores, sensores, hardware de comunicação que captam os dados e mandam direto para a nuvem que possibilita uma troca e agem como uma rede, ou seja, se comunicando um com o outro. Um dos grandes aliados do IoT é a Inteligência Artificial e também Machine Learning que tornam o processo de coleta de dados mais fácil e dinâmico. IoT trabalha em conjunto com algumas tecnologias além das citadas a Inteligência Artificial e Machine Learning como:

Nuvem:
Tendo uma ligação direta já pode pegar os dados da nuvem para melhor entrega

Conectividade:
A partir de diversos protocolos a internet facilita a conexão, tornando fácil a conversa entre nuvem, IoT e diversas inteligências

Sensores:
Trazendo uma forma mais acessível e tecnológica para empresas e pessoas no geral

Inteligência Artificial:
A IoT quando unido a IA torna bem mais atraente a experiência para uso doméstico ou outros;

Aprendizado de máquina:
Dando a possibilidade de captar dados da nuvem e gerando diversos insights de maneira rápida e fácil, embora seja mais avançado que a IoT um pode auxiliar o outro para melhor entrega.

IoT (internet das coisas) industrial, o que é?

 

IoT industrial se trata do uso dessa tecnologia em industriais, como para utilização de instrumentação e controle de sensores e dispositivos que jogam informações para a nuvem. Quando a tecnologia começou a crescer um dos setores que buscaram formas de agregar ela nos processos diários, podendo gerar assim melhorias a longo prazo, foi o industrial com isso a comunicação de máquina e máquina, tendo assim uma automatização e controle sem fio dos equipamentos.

 

Trabalhando junto com IA E Machine Learning, os setores industriais podem ter uma melhor entrega e garantir ainda mais segurança em seus processos. IoT tem uma forte ligação com a evolução das industrias 4.0 e 5.0, já que transita de forma clara por ambas gerando resultados satisfatórios.

 

A IoT se torna muito importante pois…

Um dos seus grandes usos é na automação residencial, transplantes como em humanos, animais, pode ser utilizada em cidades, grandes indústrias, setor agrícola e em empresas fornecendo em tempo real o desempenho, custos, logísticas, prestação de serviços, em hospitais para cirurgias, monitoramento e gerando uma grande economia. Ajudando também em operações que possuem trabalho em longa escala, ou seja, uma empresa consegue tem um maior controle sobre as ações tomadas.

 

Benefícios para:
Agricultura
Logística
Residência
Automobilística
Hospitais
Cidades
Aviação
Empresas no geral

IOT para as empresas:
Quando falamos sobre IoT algo que muito se ouve é sobre os impactos positivos, muitas empresas têm como foco trazer a tecnologia cada vez mais diária em seus processos.

 

Vantagens afinal o que muda se você trouxer a tecnologia IOT para sua empresa?

  • Uma fabricação de forma mais inteligente, ou seja, um processo que anteriormente levava muitos dias e um processo muito demorado com o IoT passa a ser muito mais rápido e demandando menos esforço humano.
  • Melhor entrega Comercial onde tem a melhora de insights já que traz uma melhora no gerenciamento de negócios, as operações conseguem ser mais produtivas.
  • Uma melhor conexão o que melhora a possibilidade de fechamento de negócios em ambiente físico ou digital.
  • Automatização garantindo uma entrega de ponta e intuitiva.
  • Com IoT você consegue levar a sua empresa para uma nova era, quando falamos de tecnologia é sobre ver o todo, com o IoT a automatização se mostra mais eficaz e garante benefícios de curto e longo prazo.

Desvantagens do IOT:

Assim como existem diversos benefícios a Iot possui algumas desvantagens que é importante você saber, como por exemplo:

Privacidade:
Já que com o avanço da tecnologia os dados de cada usuário acabam ficando disponíveis pela rede, e por se tratar de uma internet que se conecta as coisas acaba sendo mais uma ferramenta para os Hackers roubarem informações.

Falha nos protocolos de segurança:
Os protocolos e precauções tomadas para estas ações ainda não são % efetivos, deixando diversas brechas no sistema.

Excesso de confiança:
Nos dias de hoje onde literalmente tudo encontramos nas redes, o que acreditam tornar as pessoas preguiçosas já que tudo pode ser feito com a IoT.

Falta de pesquisas:
Alguns pesquisadores afirmam que o excesso de informações, ou seja, quando passamos a confiar em excesso nas informações que ficam disponíveis e nem sempre são reais.

Crescimento no desemprego:
Com o crescimento da IoT o desemprego tende a aumentar em áreas especificas já que será ainda mais fácil a utilização de maquinas, sem a necessidade de mão de obra

A IoT pode ser o avanço em diversas áreas e trazer facilidades em diversos temas, mas ainda assim é necessário ter atenção com alguns pontos que vão ter uma melhoria considerável nos próximos anos.

 

Fonte: https://navita.com.br/blog/o-que-e-iot-internet-das-coisas/

Entidades representativas subscrevem Carta Aberta à Ministra Luciana Santos pela tecnicidade dos dirigentes das Secretarias do MCTI

Brasscom integra grupo formado por 17 entidades dispostas à colaborar com o MCTI visando o desenvolvimento e estímulo no campo da tecnologia e da inovação.

 

Organizações que representam empresas do setor de bens e serviços de base tecnológica e entidades acadêmicas que atuam em cooperação no ecossistema digital brasileiro subscreveram Carta saudando a nomeação da Ministra Luciana Barbosa de Oliveira Santos do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, e parabenizando a criação da Secretaria de Ciência & Tecnologia para Transformação Digital e a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.

 

“As demandas das entidades do setor de TI à Ministra Luciana Santos, são no sentido de preservar e avançar com pautas importantes que o MCTI já lidera em segmentos estratégicos para o desenvolvimento nacional e transformação digital.” comenta Henrique Faulhaber, representante eleito do setor de bens e serviços de base tecnológica no CGI.br.

 

A coalizão de entidades tem o interesse de estreitar os laços com a nova administração e se colocam à disposição para colaborar com as novas secretarias que possuem papel fundamental de construir um ambiente propicio à inovação e ao desenvolvimento de bens e serviços de base tecnológica.

 

Além disso, as entidades, de forma respeitosa, sugerem que os dirigentes a serem indicados para as secretarias tenham formação e perfil técnico e conhecimento prévio do funcionamento do ministério.

 

“A Brasscom apoia a iniciativa no sentido de garantir a tecnicidade na nova estrutura do MCTI, a exemplo de outras situações semelhantes que se demonstraram efetivas na construção e gestão de políticas públicas.” afirma Sergio Paulo Gallindo, Presidente Executivo da Brasscom.

 

Acesse aqui a carta na integra que contou com a adesão de 17 entidades:

 

ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software

ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas

ABIMDE – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

ABIPTI – Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa

ABRADISTI – Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação ABRANET – Associação Brasileira de Internet

ACATE – Associação Catarinense de Tecnologia ANID – Associação Nacional para Inclusão Digital

ANJOS DO BRASIL – Associação de investimento em capital semente

Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais

FEDERAÇÃO ASSESPRO – Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação

Câmara e-Net – Câmara Brasileira de Economia Digital

IBD – Instituto Brasil Digital

P&D Brasil – Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação

Riosoft – Sociedade Núcleo de Apoio as Empresas de Tecnologias de Informação e Comunicação.

TI Rio – Sindicato das empresas de informática do Rio de janeiro